domingo, 24 de outubro de 2010

Meu não querer

Mas minhas lagrimas marcadas no papel, descrevia minha dor...
Era um atestado de óbito interno, assinada e descrita pelo próprio difundo.

Era um mapa de onde eu estaria,
era a clara explicação de que direção eu ia seguir!

Era minha fuga e meu achado...
Meu movimento, mais parado...
Minha certeza mais indecisa...

Tinha minha cara,
Meu cheiro, meu toque!
Tinha quase nada de amor,
Mas o sofrimento me cobrava uma posição...

Tinha cara de noite, mas eu tinha levado quase um mês pra escrever.

Era simples, sem palavras difíceis.
Era doce, e te chamava sempre pelo apelido...

Não era minha intenção te fazer chorar; eu já tinha feito isso tanto!
Não era minha intenção, te obrigar a me procurar,
Afinal nem eu sabia onde tinha me escondido!

Chamava você de passado!
A essa altura me achava um imbecil....
Despedia-se no meio...
Nada de ’Adeus’, nem de ’a gente se ver por ai’

Era transparente como eu...
Era apaixonado como eu....
e sofrida, como a vida!

Tinha cara de despedida
Mas na verdade, eu só queria você aqui...
Pra sempre...

sábado, 23 de outubro de 2010

Avisado!


Em meio a esses vinte e poucos...
Logo eu; que ainda não sei quase nada, de nada...
Mas são tantas dividas acumuladas,
Que me sinto afundar em mim mesmo, a cada aniversário.

Por que agora a vida me exige desligar alguns botões;
E o mais difícil vai ser acha-los, em meio a tantos...

Ela me cobra ter freios, a essa altura da vida;
Esperar que criem uma nova cor, que eu ainda não tenha pintado o cabelo.
Um pedaço de pele, que eu ainda não ache que mereça uma tatuagem.
Esquecer o enigma que dá sentido a minha vida...

Parar de xingar as pessoas em pensamento...
De aumentar pontos, nos meus contos...

Baixar o volume da minha voz.
Diminuir a força do meu pisar.
Ter tranquilidade pra ouvir, sem descordar sempre de tudo e de todos!

Gostar de azul tanto quanto de vermelho
Aceitar os cachorros de rua...
Achar certo que cobrar é mais eficaz que largar de mão
Dizer que estar com alguém é melhor que estar sozinha

Entre o botão que enumera minhas paixões;
Os que catalogam minhas mentiras;
Queimam meus segredos!
Tira meu sono, e transforma em energia...

Tinha cara de fim de sermão...
Mas na verdade ele estava só começando agora....
Ela me cobrava o dinheiro que eu gastei...
As roupas que eu nunca usei...
As esmolas que neguei...

E os 20 anos que desperdicei...

Mas que botão é o que dá juízo?
O que me faz voltar pra casa, só de manhã...

Aceitar a repressão..
Dar risada pra ser simpática...
E guardar minhas indiretas pra depois!!
Aceitar ordens... e no fim ainda dizer;
-você esta certo!

Talvez nas próximas décadas,
Com toda essa tecnologia;
Fique mais fácil achar o botão da pena... que tá desligado em mim!
Do arrependimento...
Da desculpa sincera...

Talvez eles me transformem, em pior ou melhor do que sou hoje!
Com todos eles ligados e com um alarme piscando vermelho
Com o aviso; PERIGOO! ! ELA É LOUCA!

Mas é única!
E diferente de quem foi moldado;
Eu nasci assim....
Não mudei de convicções ao longo da vida...
Sou o famoso, pau que nasceu torto...
Mas é o meu ser torto, que não me deixa cair!
É o meu, quase no chão, que faz da derrota na minha vida, habitar natural...

Tinha cara de fim de sermão...
Mas na verdade a revolução... estava começando agora

(( Camilla 20 anos ))
e os botões, vão continuar como estão!
E o aviso, vai continuar alertando; PERIGO!