quarta-feira, 30 de maio de 2012

'A ausência tão presente'



A ausência tão presente, que chega a arrepiar os pêlos do braço.
A chuva cai como lágrimas de alguém que não aceita a despedida;
Eu vejo o mar perder o infinito;
O ar perder o cheiro de vida;
O caminho perder o sentido!
Só porque ela resolveu voltar pra lá!

As águas agora parecem caber em qualquer lenço...
O vento agora parece descansar ,
E todo seu tormento parece está aqui contido em minhas mãos!

Quando só um silêncio para fazer companhia a minha solidão!
A solidão que agora arrepia o corpo todo !
e engrossa a chuva que me faz chorar águas; que não cabem nem em todos os lenços!

Eu só queria uma voz, qualquer uma que me explicasse porque ela teve que ir, e me deixar aqui...

Os meu olhos resolveram fechar pra sempre;
Se privar de ver a luz, só pra me castigar de ser feliz!
me condenar a ser inútil, só por que ela não vai mais está aqui.
Pra me repetir o quando a minha presença é importante

...a ela que foi sem me avisar...
se despediu com duas lagrimas.
E levou a minha paz toda com ela;
O amor maior do mundo;

Ao meu amor maior que o mundo;
A ausência tão presente, chamada de morte;
A presença tão sofrida, chamada de saudade...

Eu que te vejo em qualquer rosa.
Em qualquer dia de sol.
Em qualquer sorriso bobo!

A ela que voltou, e não me levou;
Que alguém cuide você aí, tão bem quanto você cuidou de mim aqui!

'As portas de mim'

As portas estão todas abertas; Mas por que as respostas não explicam minhas perguntas? As fotos estão cheias de sorrisos. O calendário não marca mais em que dia estamos! E o resto das coisas que eu amava; se quebraram... Sem calmantes; Sem travesseiros Nada de cordas nos pescoços Nada de despedidas! As portas estão todas abertas Mas eu ainda estou aqui Com os pés colados no chão Com medo de ir a frente sozinho Se nada puder ser explicada Ao menos me de cores; Me explique as perguntas que eu nunca entendi as respostas Me fala das dores que eu nem sei de onde vem Me guia nessa encruzilhada de mim Me ajuda a não gostar mais de fica aqui parada esperando milagres As portas estão sempre abertas, E os meus braços também; A espera de quem não prometeu voltar, Mas que eu sinto sempre aqui, Meu braços esperando alguma coisa que eu sei que depois que chegar Vai me trazer junto a coragem que eu preciso; Pra fechar as portas em mim, que na verdade, nunca estiveram abertas...